A neurociência é o campo mais amplamente estudado nas áreas da saúde. Por quê?

Sabemos que muitas reações que nós, enquanto seres humanos, apresentamos, advêm de nossas mais primitivas capacidades reativas, deste modo os cenários podem variar, mas as respostas que apresentamos não. Então, neste cenário de entendimento somos constantemente saudados pelo nosso sistema de defesa com repostas que a ciência ainda investiga, na tentativa de reconhecer os mecanismos de ponta a ponta. A dor é um desses mecanismos e por isso eu trouxe a neurociência como ponto partida. Sabemos que a dor é uma reação primitiva, pois é identificada no bebê e em qualquer fase da vida do indivíduo, contudo a dor também é o que faz com que nós possamos nos proteger por exemplo diante do perigo iminente. Todavia, a dor de que vamos falar aqui é a dor crônica, ela está presente em uma parcela elevada da população mundial e é preciso esclarecimento sobre o assunto. Por que digo isso? Bom, a dor é uma sensação real como por exemplo o instante em que você bate seu dedo em algo, o que é uma sensação dolorosa e que não deixa de gerar muita dor, contudo a forma que você percebe a dor de batida no instante e a dor crônica é diferente. Por exemplo na primeira você necessitaria de uma atitude imediata e sem dúvida iria precisar de um apoio. Na segunda que é aquela à qual vamos nos deter, é diferenciada: ela acompanha muitas pessoas e não é possível de ser vista, pois muitas pessoas a carregam desde outro momento da vida, seja de uma doença da infância que lhe causou algum trauma como AVC, Poliomielite, Câncer, Cirurgias diversas de grande impacto na saúde, perdas de partes como a amputação, são muitas e variadas. Estas são algumas causas que posso dizer e as cicatrizes que abrem essa cascata de reações neuroquímicas são as responsáveis por ocasionar dor, não importa a idade: quando a dor se instala nas áreas cerebrais ela deixa uma grande sensibilização e então o resultado é a dor física (ela será  a doença), isso mesmo: dor crônica: uma condição que vai além da percepção, pois a realidade de pacientes que convivem com ela está vinculada com um histórico clínico que deve ser investigado e acompanhado de perto.